Olá meus amigos !
Passados 17 dias de vida do nosso pequeno Arthur, estou eu de volta pra mais alguns relatos do que tem mudado na nossa vida com a chegada dele e também para falar um pouco sobre a pequena fenda palatina.
Descobrimos que não temos hora pra dormir, pra comer, pra nada, apenas para cuidar do pequeno. Ele é bem regulado com o horário, mantém bem a dormida e a mamada a cada 3 horas, mas às vezes dá uma pequena desregulada e aí já viu ... parece que o carrinho onde ele tira os seus cochilos tem espinhos ! Ele pega no sono, e é colocar no carrinho e os olhões ficam abertos e vem o chororô, mas depois de um tempinho, com a troca de fraldas e uma nova mamada ele pega no sono e consegue descansar .. e nós também ..
Hoje posso dizer que estamos bem adaptados, a noite já entramos no esquema e não estamos com tanto sono como no inicio, mas se alguém puder doar umas boas horas de sono aceitaremos com certeza !!
A Re já está muito bem recuperada da cesária, como ela mesmo diz, pronta pra outra ! Uma gravidez tranquila, uma cesária tranquila e uma recuperação tranquila ... é a cara da Rê, tranquilidade sempre !!
A única coisa que nos preocupou e nos preocupa um pouco é um ponto que havia comentado no último post e que fiquei de fazer este post para esclarecer ao pessoal o que é a "Fenda Palatina" que descobrimos no nascimento do Arthur e tudo o que fizemos e que faremos a respeito.
A definição de Fenda palatina (segundo o Wikipedia) é: uma anomalia genética, que ocorre durante a formação e desenvolvimento do feto, onde o paciente apresenta comuniçação buco – nasal, devido a perfuração no palato, onde é possível observar o septo nasal, bem como as conchas inferiores. Resumindo, é um pequeno orifício no céu da boca e que faz a ligação entre a boca e o nariz. A fenda palatina é diferente do lábio leporino (fenda no lábio), mas que algumas vezes elas vem juntas. Graças a Deus o Arthur só teve a Fenda Palatina, já que o bico dele é da familia Luks .. a marca registrada !!
Com esta pequena explicação, segue o meu relato sobre a situação e como estamos administrando esta descoberta:
Na saída do parto, enquanto a Renata ainda permanecia na sala de cirurgia, a Pediatra responsável pelo parto veio me comunicar sobre a fenda palatina do Arthur. É claro que com a adrenalina do parto, fiquei um tanto confuso com a informação, mas fomos muito bem orientados por esta pediatra e que me deu mais algumas informações sobre o que significa e quais os primeiros cuidados a serem tomados.
Eu como pai e marido me encarreguei de dar a notícia pra Renata da forma mais tranquila possível e do que deveríamos fazer para tratar da Fenda e confesso que não foi fácil, pois ela tinha voltado da recuperação mas era um assunto que não poderia deixar pro dia seguinte. Conversamos com muita tranquilidade (como tudo desde o início da gestação) e nossa principal preocupação era o que deveríamos fazer naquele momento em relação ao caso, sem nos preocuparmos com causas e o que poderia ter acontecido para que esta fenda viesse a aparecer. O único ponto que ficamos um pouco chateados foi de ele não poder ficar conosco no quarto durante os dias que iriam seguir, mas ficamos tranquilos pela atenção e os cuidados dados para ele pelo pessoal da UTI Neonatal, tanto para a mamada dele (via copinho) como com o cuidado geral dado a ele.
No dia seguinte fomos procurados por um cirurgião plástico que nos deixou bem tranquilos em relação ao que havia acontecido, pois ele já tinha feito uma avaliação e identificou que o caso era bastante simples e que o Arthur teria uma recuperação tranquila, e este cirurgião nos encaminhou para as mãos da Dra. Lucy Dalva Lopes Mauro, ortodontista e uma das maiores conhecedoras do assunto quando se trata de fenda palatina. Na terça-feira, quando a Renata teve alta, ela foi até o ProMatre para avaliar o Arthur e ficou bem contente pelo fato de ele já estar conseguindo mamar no peito (o que dificilmente acontece) e de que o caso seria fácil de resolver. Ela autorizou a alta dele e já marcou uma visita em seu consultório no dia seguinte, pois ela desenvolveu uma placa que é colocada no céu da boca e facilita a alimentação e ajuda no fechamento da fenda.
No dia seguinte (quarta-feira) estávamos lá para fazer o molde, e o Arthur se comportou como gente grande, não chorou, apenas dormiu enquanto a Dra. Lucy tirava o molde e no sábado voltamos no consultório onde ele já colocou a plaquinha.
(foto da plaquinha)
Depois disso ele começou a se alimentar melhor, se adaptou totalmente a plaquinha e fará uso até até quando ele tiver por volta de 1 ano de idade. A plaquinha auxilia no fechamento, porém não deve fechar por completo. Em alguns casos ela pode até fechar, mas não são em todos os casos que acontece. Daqui 1 ano mais ou menos com o acompanhamento da Dra. Lucy e do cirurgião que nos visitou no ProMatre, ele fará uma pequena cirurgia para fechar de vez esta fenda e com isso o problema se resolve por completo.
Acho que a lição que tiramos disso é de que o mais importante é a calma e a tranquilidade de se encarar a situação e pensar nas rápidas ações para resolver o problema o quanto antes. A calma é a chave de tudo e como somos bem tranquilos, sentamos, conversamos e procuramos a melhor solução. Graças a Deus temos pessoas maravilhosas nos acompanhando e que estarão conosco até o final deste primeiro desafio do Arthur e que com certeza ele e nós tiraremos de letra.
O importante é que mais pessoas saibam um pouco mais sobre a Fenda Palatina, e de que é mais comum do que imaginamos. Segundo os estudos uma em cada seiscentas crianças que nascem tem este pequeno problema e que hoje no Brasil já existem profissionais competentes e aptos para o tratamento.
Agradeço desde já todo o apoio que temos recebido e que nosso pequeno Arthur vem firme e forte, mamando bastante e cheio de alegria !!!
E logo logo novo Post !!
Abraço a todos !!
